Tolerância na guerra

A Tolerância do Islam Quanto aos Prisioneiros de Guerra

É da natureza das sociedades humanas que haja disputas e guerras entre elas por causa de diferentes de raças ou religiões ou por causa das ambições de expansão e extensão da sua influência ou interesses econômicos. Deus, Exaltado Seja, diz: “Se Allah não contivesse uma parte dos seres humanos, em relação a outra, a terra se corromperia; porém, Ele é Agraciante para com a humanidade.” Alcorao Sagrado, 2:251

A guerra no Islam, porém, é humana em primeiro lugar. Deus, Exaltado Seja, diz: “E não sejais como aqueles que saíram das suas casas, por petulância e ostentação, para desviarem os outros da senda de Allah” Alcorao Sagrado, 8:47

Os motivos da guerra no Islam são para repelir a agressão e defender os oprimidos. Deus, Exaltado Seja, diz

“E o que vos impede de combater pela causa de Allah e dos indefesos, homens, mulheres e crianças? que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade (Makka), cujos habitantes são opressores. Designa-nos, da Tua parte, um protetor e um socorredor!” Alcorao Sagrado, 4:75

Uma vez que a guerra no Islam é humana, tinha que abranger o lado da tolerância e conveniência. Entre os aspectos visíveis de tolerância na guerra temos:

  • A tolerância do Islam é que ela não é uma religião de terror ou de agressão e injustiça, travando guerras, como é descrito por seus inimigos que se irritam pelo grande número de seus seguidores e pelo grande número de quem ingressa nele. Como não, enquanto Deus condena a agressão? Ele, Exaltado Seja,diz: “Combatei, pela causa de Allah, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Allah não estima os agressores.” Alcorao Sagrado, 2:190

  • A tolerância do Islam na guerra é ordenar seus seguidores em caso de guerra com os inimigos que tendem para a paz, se for solicitado por eles, para mostrar que não é a religião de matança e se entusiasma com o derramamento de sangue. Deus, Exaltado Seja, diz: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela, e confia em Allah, porque Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo.” Alcorao Sagrado, 8:61
  • A tolerância do Islam na guerra é não combater quem não o combate.
  • A tolerância do Islam na guerra tem regras e etiqueta, a fim de destitui-la de sua humanidade. Só se combate dos inimigos àquele que participa dos combates. Não combatem idosos, crianças, mulheres, doentes, terapeutas dos doentes e feridos, nem eremitas que se dedicam apenas ao culto. Proíbe a eliminação dos feridos, a mutilação dos corpos dos mortos, matança de animais, a destruição de casas, poluição de água e poços, perseguição a quem foge da batalha. Estas foram orientações do Profeta s e de seus sucessores aos comandantes de seus exércitos. A política tolerante do Islam nas guerras ficou representada pelos atos do Profeta Mohammad s quando da conquista de Makka, cujo povo o expulsou, injuriou, matou seus companheiros e conspirou para matá-lo. Ele disse: “Quem entrar na casa de Abu Sufian estará seguro, quem fechar sua porta estará seguro, quem deixar as armas estará seguro”. Compilado por Musslim
    Os seus sucessores seguiram esta política tolerante na guerra. Abu Bakr, y, o primeiro califa do Mensageiro de Deus d disse aos comandantes dos exércitos que ele enviou: “Parem que vou recomendar dez coisas que vocês devem acatá-las. Não traiam, não cometam excessos, não enganem, não mutilem, não matem crianças, não matem idosos nem mulheres, não cortem tamareiras, nem queimem, não cortem árvores frutíferas, não matem ovelhas, nem vacas, nem camelos, a não ser para alimento. Vocês passarão por pessoas que se isolaram em suas celas, deixem-nas em paz para o que se isolaram.” Compilado pelo Tabari
  • A tolerância do Islam na guerra é respeitar os direitos e o humanismo dos inimigos dentre os cativos. Não podem ser torturados, humilhados, assustados, nem vedados de comer e beber até a morte, mas ser gentil com eles e tratá-los com bondade. Deus, Exaltado Seja, diz: “E porque, por amor a Ele (Allah), alimentam o necessitado, o órfão e o cativo. (Dizendo): Certamente vos alimentamos por amor a Allah; não vos exigimos recompensa, nem gratidão.” Alcorao Sagrado, 76:8-9
    Os seguidores do Islam se apressaram na aplicação da presente orientação humana com os prisioneiros. Abu Aziz Ibn ‘Umair, irmão de Muss’ab Ibn ‘Umair, disse: “Eu era um dos prisioneiros da batalha de Badr. O Mensageiro de Deus d disse: ‘Sejam gentis com os prisioneiros’. Eu era prisioneiro de alguns Ansar. Quando eles forneciam o seu almoço e jantar comiam tâmaras e me davam trigo por ordem do Mensageiro de Deus d.” Compilado pelo Tabaráni
  • A tolerância do Islam na guerra é perdoar os prisioneiros de guerra, libertando-os, com ou sem pagamento de resgate em dinheiro, ou com troca de prisioneiros muçulmanos, de acordo com os interesses gerais, de acordo com as palavras de Deus, Exaltado Seja: “E quando vos enfrentardes com os incrédulos (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros. Libertai-os, então, por generosidade ou mediante resgate, quando a guerra tiver terminado.”
  • A tolerância do Islam na guerra é recomendar o bom tratamento às pessoas dos locais conquistados pelos muçulmanos. O Mensageiro de Deus d recomendou tratar os coptas com benevolência, ao dizer: “Se vocês conquistarem o Egito, sejam bondosos, com os coptas, pois eles são responsáveis e misericordiosos.” Compilado por Musslim
    Quanto à situação dos povos vencidos, sua honra não pode ser violada, seus bens não podem ser usurpados, não pode ser afrontada a sua dignidade e serem humilhados, suas casas não podem ser destruídas, não se pode aplicar represálias e vinganças contra eles, mas uma reforma que ordena a prática do bem, proibição da prática do mal e o estabelecimento da justiça. Os muçulmanos têm seguido as diretivas do seu Profeta depois dele. A melhor prova disso foi o pacto que Ômar Ibn Al Khattab (que Deus esteja satisfeito com ele) concedeu ao povo de Jerusalém, quando a conquistou. Ele disse:
    “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. Isso é o que o servo de Deus, Ômar Ibn Al Khatab, o Emir dos Crentes, concede ao povo de Jerusalém: Concede-lhes segurança a suas pessoas, seus bens, suas igrejas e suas cruzes... Não são obrigados a deixar a sua religião e nenhum deles será prejudicado...” Será que a história testemunhou tal nobreza, justiça e tolerância da parte do conquistador para com o derrotado?! Apesar de ele(que Allah esteja satisfeito com ele) ter poder de impor o que quisesse. Mas era questão de justiça e tolerância. Isso indica que a guerra no Islam é humanismo, não ambições mundanas.